domingo, 27 de fevereiro de 2011

ANA MARTINEZ ALBALADEJO

Ana Martinez Albaladejo nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1867 e faleceu em Poços de Caldas, em 22/7/1957. Era filha de Lúcio Martinez e de Josefa Ross Peres.
Veio para Poços de Caldas, juntamente com a família, em 1926.
Casou-se com José Albadalejo, que trabalhava em minas na Espanha, com quem teve uma filha com nome Júlia.
Era professora. Aqui em Poços, ambos davam aulas particulares em sua residência.
Homenageada pelo Município, o seu nome é hoje lembrado por uma rua na Chácara São Francisco. (Lei 6547/Proc.28/97).

DOSOLINDA DIANDA ACCÔNCIA

Dosolinda Dianda Accôncia nasceu em 01/12/1913, em Poços de Caldas e faleceu nesta mesma cidade em 14/08/1997. Era filha de Antonio Dianda e Irene Incrocci Dianda. Casou-se com Carmine Accôncia, com quem teve os seguintes filhos: Dr. Rafael Accôncia, advogado e várias vezes vereador,   Antonio Accôncia, Maria Rosa Paschoalina e Irene Mariana.
Nasceu em uma família simples e estudou na Escola Menino Jesus, criada pelo Padre Henry Mouthon, junto ao Colégio São Domingos, para atender as meninas sem recursos.
Foi uma das mais importantes idealizadoras e construtoras da Casa do Menor Dr. Ednan Dias, juntamente com seu marido.
Trabalhou também em prol da Vila Vicentina, da Sociedade São Vicente de Paulo, realizando quermesses para angariar fundos para a instituição.
Homenageada pelo Município seu nome é lembrado por uma rua no Jardim Monte Verde.
(Lei 7031/Proc.214/99)

IDALINA GUILHERMINA DE ANDRADE

Idalina Guilhermina de Andrade foi a primeira professora nomeada no Estado de Minas Gerais após o advento da República a quem Poços de Caldas muito deve no curso das primeiras letras.
A Escola Idalina Guilhermina Andrade (1890) tinha duas auxiliares: Maria e Bela, filhas da professora.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

ANA AFFONSO JUNQUEIRA (D. SINHÁ)

Ana Affonso Junqueira, a Dona Sinhá, faleceu em 12 de fevereiro de 1928. Filha mais velha do Coronel Agostinho Junqueira e de Isaura Claudina Affonso Junqueira, casou-se com o médico Dr. Pedro Sanches de Lemos. Depois de casada passou a assinar Ana Jacinta Junqueira de Lemos.
Era proprietária da Fazenda Cachoeira, que em 1928 tinha 50.000 pés de café e máquina de beneficiar.
O casal teve quatro filhas e um filho:
Isaura, casou-se com Cel. Antonio Aimoré Pereira Lima, de Mococa;
Rosaura, casou-se com Dr. Oscar Costa Marques, Deputado Federal e fazendeiro em Mato Grosso, pertencente a família Costa Marques;
Luísa, casou-se com o Dr. Ibanês de Morais Salles, paulista;
e Rita, casou-se com Dr. José Bonifácio de Andrada e Silva, da família Andrada.
O filho, Carlos Sanches de Lemos (Cacá), casou-se com Zulmira Ribeiro de Lemos e faleceu ainda jovem. Era artista natural de piano, tocava qualquer música de ouvido e amigo íntimo de Francisco Escobar. A sua erudição literária era invulgar, simplesmente espantosa, mas nunca produziu uma linha.
Tiveram também um filho adotivo, o Miçanga, primogênito de Aimoré Pereira Lima. Criado como um filho, o rapaz entrou para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro onde contraiu uma infecção pulmonar que o levou à morte, apesar de todos os esforços de seu pai e do Dr. Pedro Sanches para salvá-lo.

Fonte: Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

LAUDELINA DE CAMPOS MELO

Laudelina de Campos Melo
(Líder feminista brasileira )


1904 - 1991



D. Laudelina de Campos Mello , nasceu em 12 de outubro de 1904 em Poços de Caldas - Minas Gerais e faleceu em 1991. Teve uma infância pobre e cursou até o terceiro ano no Grupo Escolar David Campista. No nosso entendimento se transformou na maior militante negra do inicio do século até os últimos tempos, pois se destacou, por seu sentido de luta, transformado em uma autonomia e coragem moral, que lhe possibilitou ter a inventividade moral, isto é, a capacidade de criar, a partir das tradições culturais afro-brasileiras vigentes, padrões historicamente novos de denúncia e de condenação ao que existe. (Moore, 1987)


Iniciou sua militância em organizações negras aos dezesseis anos, em Poços de Caldas. Foi a primeira Presidente do Clube 13 de Maio, o qual tinha finalidades recreativas. Permaneceu até inícios da década de 30 na organização e participação de associações de lazer e prestações de serviços beneficentes, atuando muito mais na cidade de Santos. Os anos de 1933 a 1963, foram o auge de sua militância no Movimento Negro. Esse período é expressivo pela continuidade de suas ações e, principalmente, porque no início dos anos 1930 ela dá um caráter político, reivindicatório a sua luta.

Líder feminista brasileira nascida em Poços de Caldas, Estado de Minas Gerais, incansável lutadora pelos direitos do negro e das empregadas doméstica no Brasil. Aos sete anos de idade, começou a trabalhar como empregada doméstica e passou por uma infância de exploração, discriminação e racismo, o que levou a desenvolver dentro de si a indignação com a desigualdade no país. Com 16 anos começou a atuar em organizações de mulheres negras e foi presidenta do Clube 13 de Maio, que promovia atividades recreativas e políticas. Foi para Santos aos 20 anos, onde se tornou ativista da Frente Negra Brasileira. Passou a atuar em movimentos populares e sua militância ganhou um peso político e reivindicatório, com sua ligação ao Partido Comunista Brasileiro. Criou uma Associação das Empregadas Domésticas (1936), fechada seis anos depois (1942), quando atividades políticas foram proibidas em função do Estado Novo. Mudou-se para Campinas, onde se integrou ao movimento negro da cidade e denunciou que as empregadas negras eram preteridas, protestando contra os anúncios racistas do jornal Correio Popular. Fundou a Associação Profissional Beneficente das Empregadas Domésticas (1961), para defesa dos direitos das empregadas domésticas e intermediação de conflitos entre patroas e empregadas, uma vez que não havia legislação trabalhista para a categoria. Sua atuação foi exemplo para que fossem criadas associações no Rio de Janeiro (1962) e em São Paulo (1963) e que deu origem ao Sindicato dos Trabalhadores Domésticos (1988). atuou nas universidades brasileiras por mais de 30 anos, até seu falecimento. Em seus últimos dias, foi eleita, por reconhecimento de sua competência, Chefe do Departamento de Sociologia, da Pontifícia Universidade Católica - PUC, Rio de Janeiro. Faleceu em Campinas como um símbolo da luta por tornar visível o trabalho doméstico, denunciar sua desvalorização e buscar conquistar direitos trabalhistas e dignidade, explicitando a situação de profunda pobreza, racismo e machismo na qual vivem milhares de mulheres negras em todo o país.